sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

ENTREVISTAS 2009/10




Essas foram algumas das pérolas registradas pela
reportagem da Gazeta da Entregação AM 171, no jogo
F.C. Santo Angelo 6 x 6 F.C. Roque Gonzales, no
dia 26.12.2009, na AABB de Santo Angelo, RS.
Ouça a íntegra das entrevistas no topo deste blog.
Fotos: Matheus "Hartmann" Schlaeder.





Lupa: "Estamos excelentemente numa excelente má
fase e tudo vai dar certo, até porque tá tudo errado!"



Fritoldo: "Esse empate foi o resultado de muito
trabalho na semana, e porque nada vem de graça"




Prof. Carmo: "Nossa tática vai depender do esforço, do
desesforço, do sucessso, do dessucesso. E dê-lhe ficha!"




Mano: "Vamos liquidar com esse timeco! Podem
arrumar agregados. E eu gosto de agarrar repórter!"



Julio Ribaz: "Não soubemos catingar o jogo. E ainda
por cima esse temporal acabou com nosso futebol..."



R2: "A gente tá voltando de lesão, mas vamos ver se
jogamos uns 15 min. Bola nas costas, nem por acaso!"



Careca: "A gente não pode tratar sempre mal os
convidados, até por uma questão humanitária..."



Leo Rima: "Na nossa estreia, vamos dar o máximo
de si e mostrar trabalho. E bâmo largá peidando!"



Cabeça: "Emoção muito grandi, falta até fôlego(...)
Um abraço pro pessoal do Butantã. É nóis na fita!"



Ito: "Vâmo detoná os Cunegatto. Vâmo botá no
meio das pernas deles, de preferência, no Deco."



Júlio: "A gente vai fazer de tudo pra entrar por
trás, com força. Esse ano não tem bola nas costas."



Edna: "Com nosso time completo, estamos muito
confiantes. Vai ser no mínimo uns 9 a 0..."

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Cobertura da Gazeta da Entregação 2009/10





FutChopp 2009/2010: empate em 6 x 6 adiou decisão da MCL
Roque goleava por 6 a 1, mas permitiu reação do Santo Angelo

SANTO ANGELO, RS – Em 26 de dezembro de 2009, na sede da AABB, uma partida recheada de emoções ao 1º ao 80º (!) minuto acabou empatada em 6 a 6 entre os times do F.C. Roque e F.C. Santo Angelo. O jogo, válido pela decisão da M.C.L. – Missiones Choppings League, foi organizado em sua terceira edição pela FIFA- Federação Interiorana de Futebolistas Alcoolizados, entidade máxima do futebol-etílico missioneiro.
Como o regulamento não permite nenhum outro critério de desempate a não ser a vitória de um time para a conquista da taça, a entrega definitiva do troféu ao vencedor apenas acontecerá em dezembro de 2010 na cidade de Roque Gonzales. Desta feita, ocorrendo nova igualdade no placar, haverá uma prorrogação de 10 minutos, e se for necessário, a cobrança de penalidades máximas.

As equipes

Para esta edição do evento, as equipes vieram modificadas em relação ao último confronto. O F.C. Roque, sofreu com as baixas de Alex, Pajador e Marcão, por motivos pessoais/profissionais e de Ito e Carmo, preventivamente afastados por ordens médicas. Porém, teve o retorno do goleiro Diego e a apresentação dos novos reforços: os meias Jean (revelação da sub-17) e Leo Rima (com passe livre), que acrescentaram um toque refinado ao time e Fernando, que deu mais consistência à zaga. A surpresa foi a troca da comissão técnica dos roquegonzalenses, na última hora, saindo o contestado técnico Kolelo para a entrada do correntino Julio Ribaz, pra tentar aumentar o moral da equipe, muito abalada pela última goleada sofrida.

No F.C. Santo Angelo, o grande reforço foi a repatriação do goleiro Lupa, após duas temporadas de fora. Lupa, que já assinou contrato para defender as cores azul e ouro do E.C. Pelotas na temporada de 2010, prorrogou seu empréstimo com o time das Missões, e como de hábito, teve grande atuação apesar das seis buchas. De resto, o time manteve a comando dos vestiários, além de Cleomar e Julio, dois jovens reforços apresentados no ano passado. Jogando completo, a confiança em uma nova goleada em casa era grande.


A partida

Primeiro Tempo

Todavia, quando a bola começou a rolar, o que se viu em campo foi o oposto. O time visitante da terra de Nheçu partiu logo pra cima, com um toque de bola envolvente e encurralando os donos da casa. E, logo a 1 minuto, Schneck balançou as redes pela primeira vez. A 2minutos e 30 segundos, o zagueiro Mano, do Santo Angelo, lesionado e/ou sem fôlego, pediu pra sair. Aos 5, o novo reforço Leo Rima aumentou, por cobertura: 2 x 0. Três minutos depois, Everas, numa pancada, venceu o goleiro Lupa. Já era 3 x 0 e um show de bola. Aos 16, num esboço de reação, Dôdo descontou: 3 x 1. Mas aos 24 e 25, Cabeça marcou duas vezes e começou o que parecia ser o prenúncio de uma goleada fácil. O primeiro, uma pintura, limpando o zagueiro e chutando alto, na forquilha, fora do alcance de Lupa. Fim da primeira etapa: 5 x 1 para o Roque.

Segundo Tempo

Já no início da segunda etapa parecia que as coisas seguiriam no mesmo ritmo. Logo a 2 minutos, Cabeça, o nome do jogo, fez 6 x 1, quase dentro da goleira. A partir daí o Roque começou a relaxar na marcação e o adversário descontou aos 5 minutos, com Paquita. Seguindo na base da pressão, o Santo Angelo diminuiu aos 15, com Fritoldo, e neste momento o jogo pegou fogo, ou melhor, água. Junto com a chuvarada veio o cansaço dos atletas nheçuanos. Aos 24, Dôdo pegou um rebote dentro da área e deu esperanças à preocupada torcida local: 6 x 4. Quase no fim do jogo, aos 30 minutos, no sufoco, o quinto gol, numa bola desviada para a rede em um chute cruzado de Fritoldo. A tormenta e o desgaste físico dos atletas do Roque, aliados à pressão adversária e aos excessivos descontos, resultou no imprevisível: aos 39(!) minutos Dôdo chutou de fora da área, a bola desviou na zaga e enganou o excelente goleiro Diego. Muita festa da equipe santo-angelense e logo a seguir, o fim da sensacional peleja: 6 x 6. Empate com sabor de derrota para a equipe de Roque Gonzales e de vitória para a de Santo Angelo.

Ficha Técnica:

F.C. SANTO ANGELO: Lupa, Fritoldo, Mano (Binha), Julio e Cleomar; Lizandro, Dôdo, Dé e Paquita (Gordo).
F.C. ROQUE: Diego, Ademir, Fernando, Marcio (Rogerio R2) e Schneck (Lolo); Jean, Leo Rima (Matheus), Everas e Cabeça.

Local: AABB de Santo Angelo
Público e renda: não divulgados


VESTIÁRIOS:

Cunegattos festejam empate em casa

Em outros tempos, um empate jogando em casa seria considerado um péssimo resultado. Mas nas circunstâncias da partida, os atletas e a torcida do Santo Angelo comemoraram muito o molhado resultado, mesmo sem levantar a taça. E, para ilustrar o ineditismo dos festejos, até o comedido goleiro Lupa, sempre diplomático e avesso às flautas mais insistentes, em suas considerações pós-jogo declarou:
- No jogo, prevaleceu a pegada e o empate foi justo, afinal o que vale é esta grande confraternização e essa coisa linda que é a amizade. Mas, falando sério...É um baita cavalo paraguaio esse time do Roque, heim!? Que pixotada entregar o jogo desse jeito...


F.C. Roque reclamou dos descontos

Extenuados e molhados, os atletas roquegonzalenses saíram de campo com as desculpas pela “entregada” na ponta da língua: o excesso de descontos e a chuvarada que caiu a partir da metade do segundo tempo. O novo técnico Julio Ribaz foi um pouco mais realista, mas condescendente ao explicar o empate depois de estar vencendo por 6 x 1:
- Foram vários os motivos: esse temporal acabou com nosso futebol. Nós jogamos uma bolinha macia, na malícia, aveludada, não em grama alta e depois, nós não conseguimos “catingar” o jogo e pôr em prática a nossa tática: defender em funil e atacar em “pavão” pelo meio, quando chegar a bola, abre as asas e Pá! Vão! Mas o empate até que foi bom, comparado com os últimos jogos!










FOTOS 2009/10


Confraria do Futchopp: preparados pro grande jogo



F.C. Roque reforçado e confiante numa recuperação



As duas agremiações posam para a foto oficial



Mais um golaço: aos cinco minutos já estava 2 x 0


Na entrada em campo, à procura do futebol perdido



Valeu até sabotagem pra prejudicar o adversário


Banco tenso: primeira etapa sofrida para os anfitriões


Um assador concentrado na carne e na churrasqueira


O caixa 2 nunca poderá estar com saldo negativo


Conexão Pelotas/São Miguel do Iguaçu/Porto Alegre

Um momento especial: papo de boleiros

Diego e Lupa: encontro de grandes goleiros


Prêmio consolação: bookmaker rendeu pouco

Seu Joel discursa com sua emoção tradicional

Depois da correria e da chuva veio a sede

Geração brahma chopp: você tem sede de quê?


Geração coca cola: você tem fome de quê?

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

PAYADA

Kolelo


PAYADA DO FUTCHOPP

I

Esta trova é elegia
A uma história singular:
Nove anos a brindar,
Fomentar a parceria...
Futchopp, a Confraria,
Evento, eu resumiria,
De alegria sem igual.
São amigos reunidos
Num encontro divertido
E sempre em alto astral!

II

Entra ano e sai ano
E a festança nunca falha,
A chuva não atrapalha.
Calorão? Não me atucano!
Chope gelado na goela,
Atletas de meia-tijela
Turbinados pra peleia...
Que correr até periga
Pois perder a Chopping Liga
É flauta e não esperneia!

III

A carne é preparada
Assada por Mestre Joel
E a Gorda faz seu papel,
Completando a rateada:
“Fura o rim” da indiada
Socializando a lida...
A “pilha” é consentida
E não tem fator local,
Vai atiçando o bagual
Antes da tal partida!

IV

Tem atleta que se esforça,
Alguns só jogam atrás...
Outros, por faltar gás -
Ferrari que vira Corsa -
Atuam alguns minutos
E pedem substituto...
Tem metido a goleador
Que dá pique e não volta,
Deixa a zaga sem escolta
Contra três, mais o calor!

V

No time santo-angelense
Há um atleta vendilhão:
Fritoldo, vulgo “Pulmão”.
Lupa, o new pelotense,
Seguindo estilo non sense
Anda agindo diferente...
Nos bastidores, a lenda,
O operário da corneta,
Careca, só dá a letra:
Azucrina sem agenda!

VI

Mano não cumpriu o papel,
Andava todo cagado
Dois minutos, caiu estirado,
Pra desgosto do Seu Joel...
E o tal de colono Binha -
Se foi o fôlego que tinha -
Como quem apaga a luz,
Veio mas não apareceu,
Com Dé e o Mano cedeu:
São sócios da Souza Cruz!

VII

Os parceiros de 2 Irmãos
Chegaram mais uma vez
Com pagode em inglês
E sede de animalão...
Vem Lisandro e seu irmão
Do Véio acompanhado.
De naipe considerado,
Tipo patrão do Borel,
É o rastafari Jardel:
- Não jogo, mas “tô ligado”!

VIII

Rogério nós temos dois,
É o Gordo e o Neguinho,
Tomam chopp, gasolina ou vinho
Nunca deixam pra depois
Carne, bola ou uma gelada,
Mas jogar não jogam nada...
Adivinha quem mais grita -
Se escuta lá na cidade -
Gremista barbaridade,
É o nosso amigo Paquita!

IX

Nheçuanos, bons de pinga,
Têm comando estrangeiro,
Julio Ribas, o marketeiro,
E sua tática “catinga”...
- Ô, Carmo, e sua ginga?
Larga o copo, Professor!
Everas virou matador,
Ganhou vaga do Marcão
Que não joga e tem lesão
Pra não ser entregador!

X

A espinha dorsal do Roque
São irmãos, e são bastante:
É toda a família Antes
Que tabela, só no toque...
Ito e Márcio, sem rebote;
Ademir, vai na chegada;
O Jean, da gurizada,
Rola a bola pelo meio...
E os Antes não têm freio,
Bebem chope à tonelada!

XI

Atleta polivalente
O Pajador é um abuso:
De fitinha a la Mancuso,
Joga atrás, no meio ou frente
O Nheçuano guitarreiro...
Um novo mano, guerreiro,
Do seu peso está acima
Mas dá conta do recado -
De gatinhas é cercado:
Grande ala, o Leo Rima!

XII

O Matheus, da Capital,
Jogou meio perdidão
Fora da sua posição,
Deslocado pra lateral,
Sofreu como animal
Só tentou se encontrar...
E o técnico Kolelo
Já dançou na madrugada,
Boicote da “bolerada”
Cansada de lero-lero!

XIII

Lesmão é o nome do cuera
E do jogo foi a figura
Golaço por cobertura
Com o tempo já estourado
Vamos pro chope gelado
Não tem mais porque correr...
O Diego, pra defender,
Encaixa pedra ou bolita
Mas levar gol do Paquita,
Aí não dá pra entender!

XIV

O Lolo, na lateral,
Se ele marca não apoia
Enrolado igual jiboia,
Leva bola do central
Parece até uma oveia
Ralhado pelo Gadeia...
O Lupa, profissional,
Tomou gol de tabelinha:
Cabeça...Schneck...Minha!
Eis a goleada, afinal!

XV

Mas confirmou-se a sina
Da equipe paga vales...
De novo, Roque Gonzales,
Com descontos na surdina,
Muita pressão feminina
E a cancha encharcada,
Deu mais essa pixotada:
Com a alma dolorida,
Entregou uma partida
Que era pra ser goleada!

XVI

Até seu Hugo aparece,
De Roque é o mascote
Bom de chope e de trote
O time se fortalece...
Ainda tem os ausentes
Guaxão e Beto Cachaça
Não tem barril que aguente,
Futchopp é pura raça!
Mas um ano logo passa
E que a parceria aumente!
XVII

A Torcida Organizada
Dá show e não esmorece
Bate bola, sobe, desce,
E incentiva a rapaziada
Quando já está cansada,
Se fazendo de dondoca...
A criançada, incansável,
Bebe água, suco e coca
Pula alegre, igual foca,
E vai crescendo, saudável!


XVIII

Fazendo uma gritaria,
Caravana, um aparato,
É a família Cunegatto
Trazendo sua alegria,
Faça sombra ou faça sol...
Carne - chope - futebol
Poesia mantendo a escrita
Música - mente sadia
E loucos que chegue o dia
Que o Futchopp se repita!


Autores:
Payador da Capital,
Payador do Cartório
Payador das Sete Quedas