CARNE E FUTEBOL ENTRE AMIGOS
BOLEIROS E CACHACEIROS DE PLANTÃO
Santo Angelo/Roque Gonzales, RS
O C.O.B.E. - Comitê Organizador dos Boleiros Encachaçados - , através da coordenação da Missiones Choppings Liga, vem INTIMAR a todos os ATLETAS MEIA-BOCA, BEBUNS PROFISSIONAIS e afins para que compareçam DIA 28 DE DEZEMBRO DE 2013, na sede da AABB em SANTO ÂNGELO, RS, a partir das 18 HORAS, para participar da 12a. Edição do FUTCHOPP, evento já consagrado no calendário etílico-esportivo-gastronômico regional.
Gratos pela participação de todos.
C.O.B.E.
PAYADA DO FUTCHOPP
I
Esta trova é elegia
A uma história singular:
Doze anos a brindar,
Fomentar a parceria...
Futchopp, a Confraria,
Evento, eu resumiria,
De alegria sem igual.
São amigos reunidos
Num encontro divertido
E sempre em alto astral!
II
Entra ano e sai ano
E a festança nunca falha,
A chuva não atrapalha.
Calorão? Não me atucano!
Chope gelado na goela,
Atletas de meia-tijela
Turbinados pra peleia...
Que correr até periga
Pois perder a Chopping Liga
É flauta e não esperneia!
III
A carne é selecionada
Aprovada por Seu Joel
A Gorda faz seu papel
Completando a rateada
“Fura o rim” da indiada
Socializando a lida...
A “pilha” é consentida
E não tem fator local,
Vai atiçando o bagual
Antes da tal partida!
IV
Tem atleta que se esforça,
Alguns só jogam atrás...
Outros, por faltar gás -
Ferrari que vira Corsa -
Atuam alguns minutos
E pedem substituto...
Tem metido a goleador
Que dá pique e não volta,
Deixa a zaga sem escolta
Contra três, mais o calor!
V
No time santo-angelense
Há um atleta vendilhão:
Fritoldo, vulgo “Pulmão”.
Lupa, o new pelotense,
Seguindo estilo non sense
Anda agindo diferente...
Nos bastidores, a lenda,
O operário da corneta,
Careca, só dá a letra:
Azucrina sem agenda!
VI
Mano não cumpriu o papel,
Andava todo cagado
Dois minutos, caiu estirado,
Pra desgosto do Seu Joel...
E o tal de colono Binha -
Se foi o fôlego que tinha -
Como quem apaga a luz,
Veio mas não apareceu,
Com Dé e o Mano cedeu:
São sócios da Souza Cruz!
VII
Os parceiros de 2 Irmãos
Chegaram mais uma vez
Com pagode em inglês
E sede de animalão...
Vem Lisandro e seu irmão
Do Véio acompanhado.
De naipe considerado,
Tipo patrão do Borel,
É o rastafari Jardel:
- Não jogo, mas “tô ligado”!
VIII
Rogério nós temos dois,
É o Gordo e o Neguinho,
Tomam chopp, gasolina ou vinho
Nunca deixam pra depois
Carne, bola ou uma gelada,
Mas jogar não jogam nada...
Adivinha quem mais grita -
Se escuta lá na cidade -
Gremista barbaridade,
É o nosso amigo Paquita!
IX
Nheçuanos, bons de pinga,
Têm comando estrangeiro,
Julio Ribas, o marketeiro,
E sua tática “catinga”...
- Ô, Carmo, e sua ginga?
Larga o copo, Professor!
Everas virou matador,
Ganhou vaga do Marcão
Que não joga e tem lesão
Pra não ser entregador!
X
A espinha dorsal do Roque
São irmãos, e são bastante:
É toda a família Antes
Que tabela, só no toque...
Ito e Márcio, sem rebote;
Ademir, vai na chegada;
O Jean, da gurizada,
Rola a bola pelo meio...
E os Antes não têm freio,
Bebem chope à tonelada!
XI
Atleta polivalente
O Pajador é um abuso:
De fitinha a la Mancuso,
Joga atrás, no meio ou frente
O Nheçuano guitarreiro...
Um novo mano, guerreiro,
Do seu peso está acima
Mas dá conta do recado -
De gatinhas é cercado:
Grande ala, o Leo Rima!
XII
O Matheus, da Capital,
Jogou meio perdidão
Fora da sua posição,
Deslocado pra lateral,
Sofreu como animal
Só tentou se encontrar...
E o técnico Kolelo
Já dançou na madrugada,
Boicote da “bolerada”
Cansada de lero-lero!
XIII
Lesmão é o nome do cuera
E do jogo foi a figura
Golaço por cobertura
Com o tempo já estourado
Vamos pro chope gelado
Não tem mais porque correr...
O Diego, pra defender,
Encaixa pedra ou bolita
Mas levar gol do Paquita,
Aí não dá pra entender!
XIV
O Lolo, na lateral,
Se ele marca não apoia
Enrolado igual jiboia,
Leva bola do central
Parece até uma oveia
Ralhado pelo Gadeia...
O Lupa, profissional,
Tomou gol de tabelinha:
Cabeça...Schneck...Minha!
Eis a goleada, afinal!
XV
Mas confirmou-se a sina
Da equipe paga vales...
De novo, Roque Gonzales,
Com descontos na surdina,
Muita pressão feminina
E a cancha encharcada,
Deu mais essa pixotada:
Com a alma dolorida,
Entregou uma partida
Que era pra ser goleada!
XVI
Até seu Hugo aparece,
De Roque é o mascote
Bom de chope e de trote
O time se fortalece...
Ainda tem os ausentes
Guaxão e Beto Cachaça
Não tem barril que aguente,
Futchopp é pura raça!
Mas um ano logo passa
E que a parceria aumente!
XVII
A Torcida Organizada
Dá show e não esmorece
Bate bola, sobe, desce,
E incentiva a rapaziada
Quando já está cansada,
Se fazendo de dondoca...
A criançada, incansável,
Bebe água, suco e coca
Pula alegre, igual foca,
E vai crescendo, saudável!
XVIII
Fazendo uma gritaria,
Caravana, um aparato,
É a família Cunegatto
Trazendo sua alegria,
Faça sombra ou faça sol...
Carne - chope - futebol
Poesia mantendo a escrita
Música - mente sadia
E loucos que chegue o dia
Que o Futchopp se repita!
Autores:
Payador da Capital,
Payador do Cartório
Payador das Sete Quedas